Diminui confiança do empresariado baiano, aponta pesquisa do Iceb

 

O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, revelou redução do nível de confiança dos setores da economia baiana, registrando queda de 46,5 pontos. O índice atingiu 71,7 pontos no mês de junho, permanecendo na zona de Otimismo Moderado.

 

No que diz respeito à atividade econômica, o indicados aponta uma tendência de arrefecimento, iniciada no mês de dezembro do ano passado, no setor da Agropecuária. O índice desse setor declinou em 145,5 pontos em relação ao mês anterior e registrou -107,6 pontos, encontrando-se na zona de Pessimismo Moderado. No que se refere ao setor da Indústria, a queda foi de 25,6 pontos e o indicador chegou a -89,8 pontos, mantendo-se na zona de Pessimismo Moderado. O setor de Serviços e Comércio apresentou declínio em relação ao mês anterior de 42,3 pontos e permanece na zona de Otimismo Moderado, com 167,2 pontos.

 

Pesquisa - O questionário de Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano divide-se em duas partes: a primeira é referente às Variáveis econômicas (PIB, câmbio, inflação e juros) e a segunda ao Desempenho das empresas (vendas, crédito, situação financeira, emprego, capacidade produtiva, abertura de unidades). No mês de junho, as Variáveis econômicas mantiveram resultados melhores que as variáveis de Desempenho das empresas, exceto para o setor de Agropecuária. No geral, as Variáveis econômicas apresentaram decréscimo de 33,1 pontos em relação ao mês anterior, enquanto as de Desempenho das empresas registraram redução de 53,2 pontos.

 

A análise setorial das Variáveis econômicas aponta que o setor da Agropecuária passa a se situar na zona de Pessimismo Moderado.  Já os setores de Serviço e Comércio e Indústria mantiveram-se na zona de Otimismo Moderado.  No que diz respeito ao Desempenho das empresas, o setor de Agropecuária saiu da zona de Otimismo Moderado para Pessimismo Moderado. O setor de Serviço e Comércio permanece na zona de Otimismo Moderado. Já o setor da Indústria manteve-se com a expectativa de Pessimismo Moderado para os próximos doze meses.

 

Após a análise das expectativas de Inflação para os próximos meses, 60,0% dos entrevistados esperam que os preços tendam para a estabilidade, 4,0% responderam que os preços estarão plenamente estáveis, 28,0% acham que os preços estarão se afastando da estabilidade e 8,0% acreditam que os preços estarão extremamente instáveis. Em relação aos Juros, 8% esperam a redução da Selic em mais de 4 pontos percentuais para os próximos 12 meses, 36% têm como expectativa a redução entre 2 e 4 pontos percentuais e 56% apostam em uma variação entre -2 e 2 pontos percentuais.

 

A pesquisa em relação à expectativa do PIB Nacional aponta que 8,3% dos entrevistados acreditam que o crescimento do país, nos próximos 12 meses, será entre 3 e 4,9 pontos percentuais, 75% acham que o crescimento irá variar entre 1 e 0,9 pontos percentuais, 12,5% que irá variar entre -1 e 0,9 pontos e 4,2% acham que diminuirá em mais de 1 ponto percentual. No que diz respeito ao PIB Estadual para os próximos 12 meses, 32% dos entrevistados apostam que crescerá entre 3 e 4,9 pontos percentuais, 56,0% acreditam que crescerá entre 1 e 2,9 pontos, 8,0% apontam uma variação de -1,0 a 0,9 pontos e 4%  esperam uma redução superior a 1 ponto percentual.

 

Quanto às expectativas das Vendas para os próximos 12 meses, conforme a pesquisa, 36,0% dos respondentes acreditam em aumento razoável, 36,0% que não haverá alteração e 28% apostam em uma redução razoável.  Em relação ao Crédito para os próximos 12 meses, 8,0% esperam que o crédito para o setor que representa esteja muito atrativo, 36,0% atrativo, 44,0% pouco atrativo e 12,0% não atrativo. No que concerne à utilização da Capacidade produtiva para os próximos 12 meses, 32,0% responderam que estará um pouco maior, 32,0% permanecerá a mesma, 32,0% pouco menor e 4,0% afirmam que a utilização da capacidade produtiva estará consideravelmente menor.

 

Analisando as expectativas quanto à Situação financeira das empresas para os próximos 12 meses, 4,0% dos entrevistados acreditam que estará consideravelmente melhor, 24,0% acham que a situação estará pouco melhor, 36,0% a mesma, 32,0% pouco pior e 4,0% consideravelmente pior. Em relação ao Emprego nos próximos 12 meses, 25,0% responderam que o saldo de contratações será positivo, 45,8% devem manter a quantidade atual, 25% afirmam que as empresas do setor irão mais demitir do que contratar trabalhadores e 4,2% esperam demitir muitos trabalhadores (mais de 10% do estoque atual). Para as Exportações nos próximos 12 meses, 15,8% dos entrevistados acreditam no aumento, 63,2% na estabilidade e 21,0% na diminuição. No caso de Abertura de unidades para os próximos 12 meses, 24,0% têm como expectativa saldo positivo de abertura de unidades, 56,0% acham que não haverá alteração entre abertura e fechamento e 16,0% estima que o saldo será de fechamento de unidades e 4,0% acreditam em fechamento de muitas unidades.

 

No geral, no que diz respeito as Variáveis econômicas, a pesquisa também demonstra expectativas de Pessimismo Moderado para o PIB Nacional, Otimismo Moderado para Inflação e PIB Estadual e Otimismo em relação aos Juros para os próximos 12 meses. Em relação às Variáveis de desempenho há Pessimismo Moderado para o Crédito, Otimismo Moderado em relação às Vendas, Câmbio, Capacidade Produtiva, Situação Financeira, Emprego, Exportações e Abertura de unidades.